Cadeira 26
Fundador
Adail Inglês nasceu no dia 25 de maio de 1948, na localidade de Passo do Pupo, Distrito de Itaiacoca, município de Ponta Grossa, filho de Durval da Luz Inglês e Zilá de Lemos Inglês. Foi aluno de sua avó materna, Maria Eugênia Bueno de Lemos, e de sua mãe, Zilá, na Escola Estadual Isolada de Passo do Pupo, até o terceiro ano primário. Matriculado no Seminário Diocesano São José (onde hoje se encontra o campus central do Cescage), Adail permaneceu por quatro anos.
No seminário, eram promovidos encontros lítero-musicais, ao final de cada mês, em que Adail se apresentava lendo crônicas e declamando poesias que escrevia. Também havia um jornal – A Clareira – do qual Adail era um dos “redatores”. Por conta disso, um dia, o reitor do seminário, padre Carlos Zelesny, disse aos pais de Adail: “Este menino vai ser jornalista, ou político; menos padre.”
De fato, em 1966, Adail Inglês começou sua carreira no antigo jornal Diário dos Campos, na Rua Santos Dumont, escrevendo artigos de crítica ao regime militar e de apoio à Frente Ampla, lançada por Carlos Lacerda, que seria um movimento para se contrapor ao regime militar, reunindo, além de Lacerda, os ex-presidentes Juscelino Kubitschek e João Goulart. A Frente Ampla desapareceu, Lacerda foi cassado e o regime militar seguiu adiante; e Adail, pelos próximos quatro anos, se viu proibido de continuar escrevendo. Depois de uma experiência como bancário, voltou às atividades jornalísticas, aí, então, no Jornal da Manhã, na Rua Dr. Colares.
No Colégio Comercial Estadual de Ponta Grossa, lançou o jornal O Independente, que tinha circulação mensal, feito à base do mimeógrafo, com carbonos coloridos. A publicação rendeu, como natural, atritos com alguns professores e a direção da escola.
Na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ponta Grossa foi presidente do Diretório Acadêmico Dr. Joaquim de Paula Xavier, editando o jornal O Filósofo.
Foi vereador, de 1973 a 1977, ao tempo em que o mandato de vereador era gratuito. Candidato à reeleição, perdeu. Viria, mais tarde, a se candidatar a prefeito, em 1992, e a deputado estadual, em 1994, sem sucesso, convencendo-se, então, que o seu lugar era mesmo no jornal.
Dirigiu o Jornal da Manhã, por duas vezes, até que, em 15 de março de 1987, lançou o seu próprio jornal, o Diário da Manhã, quando, então, passou a conhecer o que seria o desbastar da pedra bruta. O jornal circulou até o dia 15 de novembro de 2008, 21 anos e 8 meses!
Pela sua vivência política, é o jornalista que mais conhece a história política de Ponta Grossa e da Região dos Campos Gerais.
Casado com Roseli Orane Inglês, é pai de dois filhos, Paulo e Daniel, sogro de Silvia, casada com Paulo, e avô dos “netos mais lindos do mundo”, Rodrigo e Eduardo.
Tomou posse na Academia de Letras dos Campos Gerais em 2 de junho de 1999, como fundador da cadeira nº 26, em cerimônia realizada no Clube Pontagrossense, sendo recepcionado por Túlio Vargas, presidente da Academia Paranaense de Letras.