Cadeira 02
Patrono
Filho de David Cardon Junior, natural da Suíça, e de Donaciana de Andrade Cardon, nasceu em 23 de janeiro de 1906, em Ponta Grossa, onde faleceu em 13 de dezembro de 1933, com apenas 27 anos. O escritor consorciou-se em 1926 com Izolina de Castro, com quem teve a filha Dirce Cardon Cesar. Fez seus estudos primários no Instituto Dante Alighieri. Trabalhou como tipógrafo nas oficinas tipográficas do Jornal do Comércio de Hugo de Borja Reis, nas oficinas do jornal Diário dos Campos e na Tipografia Globo.
Foi inspirado poeta, sonetista seguro, autodidata. Escreveu pequenas peças teatrais, sendo algumas delas representadas, segundo os críticos Rodrigo Júnior e Alcibíades Plaisant, com agrado na sua cidade natal. Entre elas: Um homem honesto; Uma panela encantada; O primo Bastião; Nos anais da história; O palhaço...
Compôs música ao violão, sendo muito conhecida a rancheira “Caboclo Paranaense”. É autor ainda da letra do Hino ao Trabalho, musicado por Cesário dos Santos.
Colaborou com os periódicos: Diário da Tarde (Curitiba), O Itiberê (Paranaguá) e Diário dos Campos (Ponta Grossa). Escreveu os livros de poesia Flores do meu jardim (1929) e Outono (1933, inédito).
No dia 1 de maio de 1929, por ocasião da solenidade para eleição da Rainha dos Operários, Adjaniro Cardon proferiu um de seus arrebatadores discursos. Naquele instante, a massa operária, contagiada por seu entusiasmo, estimulou-o a fundar o Centro Operário Cívico e Beneficente.
Conseguiu, então, junto ao governo do Estado, a fundação e o funcionamento da primeira escola noturna para operários, a qual, até hoje, ostenta o nome da educadora ponta-grossense Júlia Carneiro Rosas. Nomeia uma rua no Jardim Carvalho desde 11 de dezembro de 1965.
Fonte: NEGRÃO, Lycurdo. Adjnarino Cardon. In: FONTES, Luísa Cristina dos Santos; CHERES, Luiz Fernando; ZAN, Sérgio Monteiro (Orgs.) Biobibliografia da Academia de Letras dos Campos Gerais: Ponta Grossa: Planeta, 2015. p. 28-29.