Detalhe

Cadeira 07

D. Antônio Mazzarotto

Patrono

Nasceu em Santa Felicidade, Curitiba, em 1º de setembro de 1890. Filho de Ângelo Mazzarotto e Amália Antonello Mazzarotto, ambos italianos. O casal teve doze filhos dos quais sete foram consagrados a Deus. Primeiro Bispo da Diocese de Ponta Grossa, orador sacro admirável, sagrou-se bispo em 23 de fevereiro de 1930, em Roma, tomou posse no bispado em Ponta Grossa em 3 de maio do mesmo ano. As viagens pastorais de Dom Antônio, pela imensa diocese (o espaço original tinha 56.550 km²), eram feitas de carrocinha, a cavalo ou a pé. Somente na última viagem a Guarapuava, em 1960, foi usado um jipe. Em geral permanecia dois dias em cada capela, chegava à tarde para preparar o povo com a reza do terço, pregação e confissões. No dia seguinte, celebrava a missa e à tarde administrava o sacramento da crisma.

Em seu governo ordenou 24 padres, criou 24 paróquias, fundou 4 seminários e 2 conventos, muitas escolas, a Rádio Sant´Ana, entre outros. Renunciou em obediência à norma canônica de limite de idade, pedido aceito pela Santa Sé em 24 de abril de 1965. Nos 15 anos seguintes, em que Dom Antônio residiu na primeira sede episcopal (hoje, Caixa Econômica Federal, Edifício Bispo D. Antônio), dizia-se que Ponta Grossa tinha dois bispos: o diocesano que rezava trabalhando e o emérito que trabalhava rezando!

D. Antônio faleceu em 15 de julho de 1980, nonagenário e lúcido, tendo completado 65 anos de ordenação sacerdotal e 50 anos de sagração episcopal. Obras: As declinações latinas (Curitiba, 1920); O reino de Cristo (Carta Pastoral, Roma, 1930); A Doutrina cristã (Carta Pastoral, 1931); A magia espírita (Carta Pastoral, Curitiba, 1932); O matrimônio cristão (Carta Pastoral, Curitiba, 1934); Operários da vinha (Carta Pastoral, Ponta Grossa, 1940) e Remédio eficaz (Carta Pastoral, Curitiba, 1943), e muitos outros trabalhos de oratória sacra. O escritor Gabriel de Paula Machado registrou significativa pesquisa a respeito de D. Antônio, em formato “Elogio ao Patrono”, cadeira de número 7, depositada na Academia de Letras dos Campos Gerais em 27 de fevereiro de 2002.

Legendas das imagens


1 e 5. Foto do acervo da Academia de Letras dos Campos Gerais. Disponível no site da instituição. https://academialetrascamposgerais.org/academicos/d-antonio-mazzarotto 
2. Rádio que pertenceu a Dom Antônio. Hoje, no Museu Diocesano Padre Antonio Ivan de Campos, localizado na Catedral de Ponta Grossa. Foto de Luísa Cristina dos Santos Fontes.
3. Óleo sobre tela, de José Daros, notório por seus retratos. Hoje, no Museu Diocesano Padre Antonio Ivan de Campos, localizado na Catedral de Ponta Grossa. Foto de Luísa Cristina dos Santos Fontes.
4. Catedral de Ponta Grossa, década de 1970. Foto do Acervo de Luísa Cristina dos Santos Fontes.
6 e 10. Ostensório presenteado pelas paróquias da Diocese ao bispo Dom Antônio Mazzarotto, por seu jubileu de ouro sacerdotal e pelos 35 anos de bispado. Foi entregue em 23 de novembro de 1964. Encontra-se no altar da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, conhecida Igreja dos Polacos. O suporte tem o formato da taça de Vila Velha. Foto do Jornal da Manhã / A Rede, 13 de setembro de 2019. 
7. Carta Pastoral de Dom Antônio Mazzarotto, Almae familiae praeses, 1954. Doada pelo acadêmico Gabriel de Paula Machado, Fundador da Cadeira 7, para a Biblioteca Paranista Eno Teodoro Wanke. Foto de Carlos Mendes Fontes Neto. 
8. Primeira Casa do Bispado. Localizava-se na Rua Francisco Ribas, onde hoje se encontra a agência matriz da Caixa Econômica Federal. Foto do acervo de Carlos Mendes Fontes Neto. 
9. Tese de Doutoramento: “Entre o aggiornamento e a solidão: práticas discursivas de D. Antônio Mazzarotto, primeiro bispo diocesano de Ponta Grossa (1930-1965)”, de Rosângela Wosiack Zulian, Universidade Federal de Santa Catarina, 2009.

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