Detalhe

Cadeira 09

Guízela Velêda Frey Chamma

Fundador

Nasceu em Araguari, Minas Gerais, em 27 de fevereiro de 1926, filha de Wilhelm Frey, austríaco, e Amelie Sophie Hilgenberg. Começou seus estudos em Araguari, no Colégio Sagrado Coração de Jesus e, em 1943 veio para Ponta Grossa, Paraná, onde concluiu os estudos fundamentais no Ginásio Sant’ Ana. Cursou a Escola Normal no Instituto de Educação Prof. Cesar Prieto Martinez.

Bacharel e licenciada em Geografia e História em 1954 pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Ponta Grossa, iniciou a sua trajetória como professora na Escola Isolada Colônia Moema em 1950. Lecionou na antiga Escola Normal Prof. Cesar Prieto Martinez, no começo, como professora suplementarista e depois já efetiva, no Colégio Estadual Regente Feijó, nomeada pelo Governador Ney Braga, após passar por concurso, 1956. Lecionou também durante muitos anos no Colégio Sant’ Ana.

Em 1961 foi convidada a integrar o corpo docente da Facudade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Ponta Grossa, no curso de Pedagogia. Foi nomeada pelo Governador Paulo Pimentel como Professora Catedrática de Introdução ao Estudo Histórico, Filosofia e Crítica da História na mesma Facudade.

Continuou sempre estudando, procurando conciliar seus horários de aulas com aqueles que dedicou aos seus cursos, já que por ser recente a sua vida de professora, não conseguia licença para viajar e realizar as suas pretensões.

Em 1963, foi co-fundadora do Departamento de História, juntamente com os professores: Josefina Ribas Milleo, Brasil Borba, Ismênia Pinheiro Machado, Helena Parigot de Souza Cruz e Joselfredo Cercal de Oliveira. Foi a primeira responsável pela biblioteca do curso.

Em 1974, diplomou-se pela Escola Superior de Guerra.

Em 1990, recebeu o Título de Cidadania de Ponta Grossa, Lei nº 4.315.

Possuía formação em pintura em tela, recebeu aulas de uma professora refugiada húngara no Colégio Sagrado Coração de Jesus em Araguari. Em Ponta Grossa realizou apenas uma exposição individual na Galeria João Pikarski, em 1996.

Sempre gostou muito de escrever, e por causa de seus estudos sempre se dedicou muito à pesquisa histórica. Publicou vários livros, entre eles: Os Campos Gerais uma outra história (Palotti, 2007); A História Regional nas escolas de 1º grau do município de Ponta Grossa (em co-autoria com Aída Mansani Lavalle e Maria Aparecida Cesar Gonçalves; Imprensa Universitária s/d); Notícias de outrora (Arquivo do Museu Campos Gerais, co-autoria, 1985); Arquivo da Câmara Municipal de Ponta Grossa (Campinas, 1971); Ponta Grossa de ontem (s/d, s/ed.); As irmãs missionárias Servas do Espírito Santo (Colégio Sant’ Ana, 1980); Arquivos da Palmeira (Boletim do Departamento de História, UFPR, 1974); Ponta Grossa – Edição Histórica (co-autoria, Requião, 1975); Diocese de Ponta Grossa 1926-1976 (Vicentina, 1976); Colégio Regente Feijó 1927-1977 - 50 anos de História (s/ed, 1977); Paróquia de Nossa Senhora do Rosário – 50 anos (Boletim, Inpag); Ponta Grossa – o povo, a cidade e o poder (PMPG, 1986); Antologia de prosadores e poetas ponta-grossenses (Centro Cultural Prof. Faris Michaele, 1995).

Pertencia a diversas entidades: Clube Soroptimista; Centro Cultural Prof. Faris Michaele (o qual presidiu na gestão 1995-1997 e fora sua vice-presidente na gestão anterior); Associação Germânica dos Campos Gerais (sócia-fundadora). Tomou posse na Academia de Letras dos Campos Gerais em 2 de junho de 1999 como fundadora da cadeira nº 9, em cerimônia realizada no Clube Pontagrossense, sendo recepcionada por Túlio Vargas, Presidente da Academia Paranaense de Letras.

Em 1955, casou-se com Nestor Holzmann, enviuvou em 1977. Casou-se novamente em 1981 com Ibrahim Jarjoura Chamma, enviuvou em 2003. Não teve filhos. Guízela Velêda Frey Chamma faleceu em Ponta Grossa no dia 4 de abril de 2021.

Fonte: Carlos Mendes Fontes Neto e Luísa Cristina dos Santos Fontes

x