Detalhe

Cadeira 37

Reynaldo Ribas Silveira

Patrono

Reinaldo Ribas da Silveira, nasceu em Ponta Grossa, em 15 de novembro de 1902, filho de Reinaldo Morais Silveira Loureiro e de Ocalina Carneiro Ribas Silveira. Em 1927 casou-se com Lúcia Bittencourt Taques, esposa com quem teve sete filhos. Trabalhou em vários ramos de negócios, firmando-se como caixeiro-viajante, atividade que fez com que viajasse muito pelo Paraná, São Paulo e Santa Catarina. No início da década de 1950, montou uma fábrica de malas de papelão ou fibra feitas artesanalmente.

Em 1922 publicou sua primeira obra, Luar de estio (poemas). Depois, publicou Presente de noivado (1934, sonetos), Destruição de Jerusalém por Tito (1943, poema épico, com 2ª ed. em 1967), Terra dos pinheirais (1943, sonetos), Antologia pontagrossense (1960, obra que organizou reunindo textos de 40 autores da cidade), Odisseia do tropeirismo (1965, versos), Jornadas heroicas (1967, poemas) e Epopeia ponta-grossense (publicação póstuma, de 1999, sonetos históricos). De se notar que a maioria de suas obras, hoje, são raridades.

Deixou inúmeras obras poéticas inéditas: Saudades de Dulcineia, Terra dos pinheirais, Poesias juvenis, Lira princesina, Venenolandia, 50 cidades que eu vi, Helena de Troia e Ilíada condensada. Deixou também livros em prosa ainda não publicados: Geografia e História do Paraná, Crônicas e contos, Tenda de Salomé (contos), Memórias de um gaúcho (contos, cujos originais foram premiados em 1949 pelo Centro de Letras do Paraná), Homéricas façanhas (contos), Milhões de Espanha (contos) e Mais pinheiros (ensaio). Há ainda a obra História de Ponta Grossa, com aproximadamente 300 páginas, nunca publicada e cujos originais estariam misteriosamente desaparecidos, e que foi fruto de inúmeras pesquisas que fez em bibliotecas, cartórios, igrejas, cemitérios, além de arquivos os mais diversos.

Colaborou em vários jornais e revistas: de Ponta Grossa, O Sorriso, A Esquerda e Diário dos Campos; de Curitiba, Gazeta do Povo e Álbum do Paraná; de Paranaguá, O Itiberê. Foi membro do Centro Cultural Euclides da Cunha.

Faleceu em 1º de abril de 1978. Em sua homenagem, por iniciativa do escritor e acadêmico José Ruiter Cordeiro, o Município de Ponta Grossa instituiu o Mérito Cultural Ribas Silveira, destinado a premiar ponta-grossenses que tenham prestado relevantes serviços à causa da defesa e promoção da cultura.

Fonte: CHERES, Luiz Fernando. Reynaldo Ribas Silveira. In: FONTES, Luísa Cristina dos Santos; CHERES, Luiz Fernando; ZAN, Sérgio Monteiro (Orgs.) Biobibliografia da Academia de Letras dos Campos Gerais: Ponta Grossa: Planeta, 2015. p. 246-247.

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