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Fala de uma Presidente

Convidamos os nossos acadêmicos da Academia de Letras dos Campos Gerais e os nossos leitores para uma linda viagem num majestoso “Fantástico Ônibus”, sonhado e concretizado pela Acadêmica Alessandra Perrinchelli Bucholdz, e com ele percorrer virtualmente os mais distantes municípios de nosso Estado do Paraná, levando a Cultura do Natal. Com a permissão de Alessandra, vamos nesse ônibus fazer uma retrospectiva de nosso ano de 2022 que chega ao final da estrada e, perpassando cada momento, sentimos que a Academia de Letras dos Campos Gerais, em seus saltos quânticos, flores e frutos perfumaram a trajetória de mais um ano de vida, quando todos os acadêmicos merecem ser louvados pelas suas participações em nossos projetos:

contribuindo com a aproximação dos confrades e confreiras em nossos momentos de gastronomia cultural;

nesta coluna, com textos recheados de literatura;

no Projeto Crônicas dos Campos Gerais, buscando cada vez mais oportunizar aos escritores escondidos a sua visualização pelas crônicas que apresentadas, revisadas e avaliadas são divulgadas em diferentes meios de comunicação, e assim, desvelam escritores na Região dos Campos Gerais; a Biblioteca Paranista Eno Teodoro Wanke com suas portas abertas ao público para que a comunidade possa conhecer o acervo paranista, um dos maiores da região.

Neste ano de 2022, a Academia de Letras dos Campos Gerais recebeu, por eleição, quatro novos membros efetivos que, com suas competências, completam as 40 cadeiras, colaborando para que a nossa Academia se destaque na esfera das Academias de Letras do Paraná.

Hoje, integramos o Observatório da Cultura Paranaense, mantemos, entre outros, o convênio com a Universidade Estadual de Ponta Grossa, permitindo um avanço significativo no rol de projetos, como as homenagens aos 200 anos da cidade de Ponta Grossa e da cidade irmã, Jaguariaíva.

A Academia de Letras dos Campos Gerais é como uma guirlanda de Natal, um entrelaçamento dos seus acadêmicos que ocupam as 40 cadeiras, como Patronos, Fundadores e Ocupantes, não somente de Ponta Grossa, mas também das cidades de Castro, Jaguariaíva, Palmeira e Telêmaco Borba, acadêmicos que manifestam o amor à arte, à cultura, o respeito e carinho pelos confrades e confreiras, cada um com sua personalidade literária num continuum de produções, como escritores admiráveis com suas obras, palestras, oficinas, podcasts, tributos ao centenário de seus Patronos, participações em diferentes mídias, concertos musicais, lançamentos de livros, produção de vídeos e esta coluna, que, há 700 semanas, abrilhanta as páginas deste notável e centenário Diário dos Campos, uma produção inconteste da nossa Acadêmica Fundadora, Luísa Cristina dos Santos Fontes.

E assim, estamos de volta ao local de nossa partida com o Fantástico Ônibus, no dia 31 de dezembro de 2022. O ano termina, o que fica... as lições de vida quando nem tudo é como gostaríamos que fosse, às vezes é indizível avaliar, mas o importante é valorar o “que fazer” de cada um dos acadêmicos durante o ano todo e, com o brilho das luzes da esperança, podemos continuar sonhando, criando, esbanjando força de trabalho, olhando sempre em frente com desejos de construir um caminho novo, pois sempre é tempo de renovação, de crescimento, de aventuras, de enfrentar o desconhecido. Sempre é tempo de sensibilidade, de espiritualidade, de cooperação, de afetividade e de compaixão.

Uma metamorfose, pensamentos novos e criativos e um olhar de admiração para o mundo, para o outro e para a existência, embalados pela leveza do ser.

GRATIDÃO pela vida de nossos acadêmicos e pela existência da Academia de Letras dos Campos Gerais que nos enleva a alma e nos torna poetas da vida.

Adélia Prado definiu a poesia como uma perturbação da visão. Disse ela: “Deus de vez em quando me castiga. Me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra.” Mas o certo não é ver pedra quando é o que há? Se olho para uma pedra e vejo outra coisa é porque meus olhos estão perturbados. Pois é isso mesmo que a poesia faz: a gente olha para a pedra e vê outra coisa que não está lá. Isso que a gente vê na pedra e não está na pedra, está dentro da gente, na alma. (Rubens Alves)

A Academia de Letras dos Campos Gerais, pela sua Presidente, deseja que os nossos olhos possam ver durante o viver do Ano de 2023 o que está dentro de nós, na nossa alma, para que a metamorfose se dê.

Um Novo Ano estrelado de felicidades é o nosso desejo!

Autor: Neuza Helena Postiglione Mansani
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