Cadeira 31
1ºOcupante
Professor, escritor, policial, Antônio Queiroz Barbosa nasceu em 17 de maio de 1945 na Fazenda Olho d´Água em Iturama, Minas Gerais. Filho primogênito do casal Adair Soares Barbosa e Sebastiana Queiroz da Silva, construiu sua trajetória de vida em três estados brasileiros. Natural de Minas Gerais, viveu naquele estado durante a infância e na cidade de Ituiutaba cursou o ensino primário e a primeira série do Curso Ginasial. Ainda nesse período de sua vida, a família transferiu-se para o interior do estado de São Paulo, onde Queiroz prosseguiu seus estudos no Seminário dos padres Estigmatinos em Ribeirão Claro e posteriormente no seminário de Ribeirão Preto.
Transferiu-se para Marília em 1967, onde após concluir o Clássico, equivalente ao ensino médio de hoje, ingressou no curso de Letras da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras daquela cidade. Durante a realização do curso trabalhou para se manter como zelador e posteriormente gerente de um cinema. Concluiu o curso de Licenciatura em Letras em 1971 e foi residir em Presidente Prudente, passando a lecionar naquela cidade, onde casou-se em primeiras núpcias no ano de 1973 e dessa união teve três filhos.
Em 1976 ingressou como investigador na Polícia Civil do Estado de São Paulo, tendo cursado Direito entre 1979 e 1982 na Fundação de Ensino Eurípedes Sares da Rocha.
Após aposentar-se da Polícia em 1998 decidiu vir residir no Paraná, instalando-se em Ponta Grossa onde passou a lecionar a disciplina de Língua Portuguesa em escolas da Rede Pública Estadual. Também lecionou as disciplinas de Latim e Teoria da Literatura na Universidade Estadual de Ponta Grossa em 2003.
Sua capacidade para escrever levou-o a colaborar com os jornais Correio de Marília, na cidade de Marília em São Paulo e nos jornais Diário dos Campos e Jornal da Manhã em Ponta Grossa.
Publicou o livro “Letras e Rimas” em 2009 e a obra “Olhares sobre a cidade” contendo crônicas sobre Ponta Grossa em 2014.
Em 26 de agosto de 2015 foi eleito membro efetivo da Academia de Letras dos Campos Gerais passando a ser o primeiro ocupante da cadeira nº 31, cadeira essa que tem como patrono Manoel Cyrillo Ferreira, e sua fundadora é Carlota Ferreira Martins Colares. Tomou posse em 16 de março de 2016, no Restaurante La Gôndola, sendo recepcionado por José Ruiter Cordeiro e, ao ser empossado, Queiroz assim se pronunciou conforme se encontra em uma publicação da Coluna da Academia de Letras dos Campos Gerais, veiculada semanalmente no jornal Diário dos Campos: “A vida e o coração trouxeram-me a Ponta Grossa, pouco afeita a forasteiros. Comigo vieram os costumes e a cultura clássica bebidos alhures. Labutei no magistério, palpitei na imprensa, envolvi-me no meio cultural, mas à margem, muitas vezes, como óleo remontando as águas. Conhecedor das vagas da ALCG, inscrevi-me. Era grande a expectativa. Agora, integrante efetivo da ALCG, homogeneizados água e óleo, cabe-me o encargo de honrar o nome desta agremiação, colocando-me à altura de seus integrantes atuais e de antanho. Estamos prontos para a honrosa luta. Vamos a ela!”
Faleceu em Ponta Grossa, no dia 8 de janeiro de 2019.