Detalhe

Cadeira 39

Marcos Bahena

Fundador

Foi numa madrugada fria do mês de maio do ano de 1956, na cidade de Telêmaco Borba, que nasceu Marcos Bahena, o quinto de oito irmãos, filhos de João Bahena e Annunciata Massiteli Bahena, gente simples, mas de extrema honestidade e dignidade humana. Ele, funcionário da grande fábrica de papel; ela, das atividades domésticas. A vida naquela época era difícil, principalmente para uma família com muitos filhos para criar e educar. Mas o local era um verdadeiro paraíso, pois, naquela época, nada podia ser mais bonito e gratificante do que viver em comunhão com a natureza. Mas a melhor coisa era o grande amor de seus pais, esse era o maior tesouro que unia aquela família, num lar verdadeiramente cristão. Assim foram os primeiros anos de existência de Marcos Bahena, que cresceu livre e solto, mas sob a rigorosa educação dos seus pais. Finalmente, chegou o dia de ser matriculado na escola primária, onde aprenderia suas primeiras letras. E lá ia ele todos os dias para a sua querida escola. Nos primeiros dias, como toda criança, suas atividades escolares eram apenas de brincadeira, para aos poucos o menino tomou gosto pelo estudo. Marcos Bahena, desde muito cedo, mostrou grande interesse pelas letras e, mesmo sem aprender a escrever, já compunha pequenas poesias, e como não escrevia, repetia várias vezes até decorar a sua pequena e infantil criação.

O tempo foi passando, e, no coração daquela criança, o amor pelas letras falava sempre mais alto, e suas escritas eram o seu próprio alimento, pois se sentia feliz a cada poesia que sua imaginação escrevia. Já na pré-adolescência, sonhava em ver algumas de suas poesias publicadas, e não foi difícil, quando, com as mãos tremulas de emoção mostrava seus modestos escritos ao editor do jornal O Tibagi, publicado semanalmente pela grande fábrica de papel. As emoções eram quase que maiores que o próprio mundo, quando abria as folhas do jornal e lá estava seu poema para que todos pudessem ler. Mas chegou o dia de servir ao exército brasileiro, e lá foi ele, aventurando-se num mundo desconhecido e cheio de expectativas, afinal agora era um soldado. Contudo, nas fileiras do exército não foi diferente, continuou escrevendo suas poesias e seus pequenos contos. E, quando deu baixa do exército, voltou para sua casa e seus familiares, retomando seu antigo sonho de ser um escritor.

Finalmente, conseguiu escrever e publicar seu primeiro livro de poesias, A vida num pensamento, em edição de dois mil exemplares que espalhou pela cidade. Depois não parou mais, publicou outro livro, também de poesias, Amor humano, o qual tomou proporções ainda maiores, e que lhe rendeu várias homenagens no município e até mesmo da Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Motivado pelo amor às letras, Marcos Bahena ingressou no Curso de Direito. Logo após formar-se em Direito, começou a lecionar em cursos de Administração e Contabilidade. Recebeu o título de Professor Universitário e de Mestre em Divindade pelo Seminário Philadélfia de Londrina. Publicou inúmeros livros em diversos estilos textuais: A vida num pensamento, Amor humano, Alimentos, União Estável, Investigando a paternidade, Tira-teima trabalhista, Juizado Especial Cível, Juizado Especial Criminal, Malícia, Direito de Família: Vade-Mécum, Mestre Sol, Manual do Direito de Família, Teoria e Prática dos Contratos, Direito de Família – Teoria e Prática, Dano Moral, Soluções práticas do dia a dia do advogado, Prática da reparação civil e trabalhista e O mago do bem.

Tomou posse na Academia de Letras dos Campos Gerais em 2 de junho de 1999, como fundador da cadeira nº 39, em cerimônia realizada no Clube Pontagrossense, sendo recepcionado por Túlio Vargas, presidente da Academia Paranaense de Letras.

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