Nascido na Fazenda Santa Carlota, Distrito de Papagaios Novos, na cidade paranaense de Palmeira, em 30 de setembro de 1915, Alfredo Bertoldo Klas faleceu no no dia 12 de maio de 2013, em Ponta Grossa, aos 97 anos.

Pessoa dotada de intensa energia, foi militar, ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, advogado, político, professor, pesquisador, empresário, historiador, músico e escritor. Formou-se como aspirante no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva no Exército Nacional e serviu como primeiro tenente durante a Segunda Guerra Mundial, logo após foi promovido a capitão. Reformou-se como Major do Exército. Acumulou dezenas de condecorações durante a sua vida militar. Entre elas está a Medalha do Pacificador. Destaque-se também a Medalha “Eu estive lá”, homenagem da Embaixada Brasileira na Itália pelos serviços prestados no período da guerra. Movido por um grande desejo de contar suas experiências sobre os combates, deixou-nos as obras Averdade sobre Guanela: um drama da FEB (2002), escrito em 1956, e A verdade sobreAbetaia: drama de sangue e dor no quarto ataque da FEB ao Monte Castello (2005).

Foi professor e chefe do Departamento de História da Universidade Estadual de Ponta Grossa e dirigiu o Museu Campos Gerais; formou-se em Direito em 1938. Integrou várias instituições culturais, foi um dos fundadores do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico de Ponta Grossa e fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Palmeira, cidade em que foi vereador e prefeito (1951-5). Entre suas atuações como prefeito de Palmeira, instituiu o Brasão, o Hino e a Bandeira do município, além de ter inaugurado a sede da prefeitura e o Cine Teatro.

Após aprender violino na infância, estudou música e foi membro da Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa, num período em que esta orquestra era a maior orquestra amadora do Brasil. Além de membro da orquestra, foi seu presidente por nove vezes. Também foi membro da Orquestra de Câmara da UEPG e da Orquestra de Concertos da Sociedade Concórdia em Curitiba.

Tomou posse na Academia de Letras dos Campos Gerais em 2 de junho de 1999 como fundador da cadeira nº 24, em cerimônia realizada no Clube Pontagrossense, sendo recepcionado por Túlio Vargas, Presidente da Academia Paranaense de Letras.