Cadeira 25
1ºOcupante
Paranaense de Castro, nascido em 6 de agosto de 1953, mas adotado por Ponta Grossa desde 1979, Eduardo Gusmão dos Anjos Sobrinho começou a incursionar pela literatura em sua plena adolescência. Em sua terra natal, em 1969, já escrevia coluna dedicada aos jovens no periódico Folha de Castro (Alô, Juventude!). Com vocação latente para a comunicação, fundou e editou O Idealista (1971/1973), periódico estudantil mensal impresso em mimeógrafo, que lhe rendeu ‘voto de louvor’ em sua formatura de segundo grau, na Câmara Municipal de Castro. Em 1974, ainda em solo castrense, escreveu crônicas e coluna para o jornal também estudantil O Bravo.
Sua primeira experiência como jornalista profissional, nas funções de repórter e redator, se deu no Jornal do Iapó, em Castro (1975/1976).
Eduardo Gusmão também atuou como repórter e redator da revista VUP (1976/1979), de circulação nacional, com edição mensal em Castro. Em 1979, assumiu a chefia de redação da VUP, onde continuou a escrever suas crônicas pelo pseudônimo “Silveira do Walle”, exercício literário praticado também nas páginas do Jornal do Iapó. Sob a editoria de Gusmão, a revista VUP registrou o surgimento do movimento literário Contraponto, que, por quase dois anos, divulgou a produção literária regional. Eduardo Gusmão graduou-se em Letras Português-Inglês (1979) e em Comunicação Social / Jornalismo (1990) pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Na vida universitária, fundou e foi o primeiro presidente do Centro Acadêmico de Jornalismo (1985/1986), então CAJ (hoje Centro Acadêmico João do Rio (Cajor)). Como presidente do CAJ, coordenou diversas ações locais e estaduais, como o Concurso Nacional de Contos, em parceria com o Departamento de Letras da UEPG e Centro Acadêmico de Letras; e o Encontro Paranaense de Estudantes de Jornalismo (EPAJ).
Com atuação reconhecida em diversos eventos da cena cultural ponta-grossense, Gusmão foi membro titular e suplente do Conselho Municipal de Política Cultural. Aficionado pelo gênero conto, ele foi premiado em alguns concursos literários, a exemplo do Concurso Universitário de Contos da UEPG (1980/81), Concurso Literário de Contos do FEMUP – Festival de Música e Poesia de Paranavaí (1981), Concurso de Contos do Diretório Central de Estudantes da UEPG (1982) e Concurso Municipal de Contos, da Fundação Municipal de Cultura (Ponta Grossa / 2001).
De 1980 a 2011, trabalhou como jornalista junto à Assessoria de Comunicação Social (Ascom) da UEPG. Também foi repórter e redator do jornal A Notícia (1979/1980) e da Rádio Difusora (1980/1981). Entre 1987 e 1988, foi chefe de Gabinete e assessor de imprensa da Câmara Municipal de Ponta Grossa. Ainda como comunicador, Gusmão prestou serviços à Coordenadoria de Comunicação Social da Prefeitura de Ponta Grossa (2001/2002).
Gusmão foi um dos fundadores e editor responsável do jornal alternativo cultural Ponta a Ponta (1988), que teve circulação mensal ininterrupta até junho de 1998, divulgando principalmente eventos artístico-culturais da cidade e região. Nessa época, o Ponta a Ponta, em parceria com a Sepam – Sociedade Educacional Professor Altair Mongruel, promoveu o Ponta a Ponta Sepam de Contos, concurso com a participação de literatos dos mais diversos pontos do país.
Eleito para a Academia de Letras dos Campos Gerais, em 19 de abril de 2002, Gusmão tomou posse, em 6 de agosto de 2002, como primeiro ocupante da Cadeira 25, no Clube Ponta-Lagoa, ocasião em que foi recepcionado por Luísa Cristina dos Santos Fontes. Como profissional jornalista, ele foi editor responsável pelo jornal e revista D’Pontaponta (setembro de 1988 a março de 2019). VidAmores (Editora Estúdio Texto), seu primeiro livro de contos, foi lançado em novembro de 2016.