Detalhe

Cadeira 17

Felipe Justus Junior

Patrono

Patrono da Cadeira nº 17 da Academia de Letras dos Campos Gerais, Felipe Justus Junior nasceu ponta-grossense, no então distrito de Entre Rios, hoje Guaragi, em 1884. Filho de Felipe Justus e Thereza Justus, estudou com o Pastor Heahl, da Igreja Luterana. Com cerca de quinze anos, ele passou a residir em Ponta Grossa.

Desde muito jovem, Felipe sentia grande prazer em pesquisar e estudar a vida animal, mais particularmente os insetos. Agricultor na antiga Colônia Guaraúna, depois ferroviário, comerciante, professor e, acima de tudo, grande naturalista, começou em 1938 a organizar coleções de insetos, aprofundando-se no ramo da Zoologia como pesquisador. Acabou por adquirir renome internacional como um dos maiores colecionadores do Brasil.

Várias espécies de insetos tiveram seus nomes dedicados a Felipe Justus Junior, como homenagem dos Institutos de Entomologia da Bahia e do Rio de Janeiro: Dioryserratus Justus n. sp. (novembro de 1944); Gênero Justus, n. gen. (agosto de 1946); Justus Gibber, n. sp.; Justus Tuberosus, n. sp.; Stegotes Justus, n. sp. (dezembro de 1946); Meroprion Justus, n. sp. (dezembro de 1947); Linonotus Justus, n. sp. (junho de 1948); Naupactus Justus, n. sp. (agosto de 1949).

Justus Junior pertenceu ao Centro Cultural Euclides da Cunha e proferiu inúmeras palestras em universidades e colégios. Doou a sua primeira coleção, com cerca de oito mil insetos, ao Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná. No Museu Campos Gerais da UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), também existe coleção organizada pelo reconhecido entomólogo.

Ao longo de sua vida, consta que sua casa e suas coleções foram sempre visitadas por pessoas ilustres (Malba Tahan, Marechal Mário Travassos e Dr. Jimenez de Asúa, entre outros). Um de seus mais famosos trabalhos ajudou na confirmação da Teoria da Translação Continental, de Alfredo Wegener, o que fez pelo estudo de insetos e pequenos animais. Felipe Justus Junior faleceu em 1973. Em Ponta Grossa, há uma rua que leva seu nome.

Legendas das imagens

1 e 5. Coleção de insetos de Felippe Justus Junior comprada pela antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, composta por 40 caixas. Acervo do Museu Campos Gerais, Universidade Estadual de Ponta Grossa. Fotografia de Luísa Cristina dos Santos Fontes.

2. Árvore genealógica de Felippe Justus Junior. Family Search. Acesso em 3 nov. 2024.

3. Residência de Felipe Justus Jr. onde ficavam suas coleções e gabinete de trabalho, aqui ele recebeu Costa Lima e Malba Tahan, dela nada restou, somente esta pintura feita por Leônidas Justus, filho de Felippe Justus Jr. Acervo de Renoaldo Kaczmarech, blog Naturalistas Princesinos.  

4 e 8. Fotografia de F. Justus trabalhando. Acervo do Museu Campos Gerais, Universidade Estadual de Ponta Grossa. Fotografia de Luísa Cristina dos Santos Fontes.

6 e 10. Túmulo em que foi sepultado o corpo de Felippe Justus Jr. Cemitério Municipal São José, Ponta Grossa, Paraná. Fotografia de Luísa Cristina dos Santos Fontes.

7. Rua Felipe Justus, bairro Boa Vista, em Ponta Grossa. Fotografia de Luísa Cristina dos Santos Fontes.

9. Assinatura de Felippe Justus Jr. Do site Family Search. Acesso em 3 nov. 2024.
  
 

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