Detalhe

Cadeira 32

Fidelis Bueno

1ºOcupante

Natural de Castro (PR), Fidelis Bueno nasceu em 26 de janeiro de 1928, filho de Licínio Pereira Bueno e de Leonete Franco Bueno, irmão da também acadêmica Idalina Bueno de Magalhães. Ele foi casado com Maria da Graça Carneiro Milleo, com quem teve os filhos Karina, Diego, Lucas e Taiana. Além da língua portuguesa, possuía sólidos conhecimentos de inglês, francês, espanhol e italiano. Na Universidade do (então) Distrito Federal (RJ), graduou-se Bacharel em Filosofia e Licenciado em Didática. Formou-se também na Escola Técnica de Aviação do Ministério da Aeronáutica, tendo sido aeroviário e aeronauta no período entre 1945 e 1970, com 11 mil horas de voo. Sua qualificação técnica abrangeu as atividades de piloto privado, comercial e agrícola, mecânico de voo e mecânico de avião. Durante cinco anos, foi diretor da Escola de Aperfeiçoamento e Preparação da Aviação Civil, no Rio de Janeiro (RJ).

Em 1955, Fidelis foi condecorado com Diploma e Medalha de Prata pela República do Líbano. Sua atividade jornalística incluiu publicações em inúmeros órgãos tais como, de Curitiba, O Estado do Paraná; de Castro, Folha de Castro, Jornal do Iapó, Castro Jornal e Página Um, além de ter sido diretor e editor de O Bravo e Cambuí; do Rio de Janeiro, A Escada, A Bússola, Aviação e Astronáutica, Desafio Hoje e Etapa. Bueno tem várias obras técnicas publicadas: Fundamentos do Jato, Controle de Combustível, Motor Turbo-Composto, Desempenho do Jato, Vocabulário Aeronáutico Inglês-Português, Manual de Instrução do DC-8 e Manual do Maquinário Agrícola.

Seu livro O Último Voo: depoimento de um piloto acidentado, com primeira edição em 1983, e segunda edição de 1985, foi vencedor de concurso literário promovido pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná. Em 2003, publicou em livro a pesquisa histórica Pouso do Iapó. Mais adiante, lançou a obra Geografia Tropeira (2008). Possui também inúmeros trabalhos ainda inéditos.

Sua vida foi igualmente marcada pela efetiva participação em diversas entidades culturais de Castro, tais como Museu do Tropeiro, Centro Cultural Irmã Maria de Jesus, VII Sub-Comissão de Folclore do Paraná, Associação de Defesa Ambiental e Cultural de Castro, Casa da Cultura Emília Erichsen, Casa da Praça e Centro Cultural Marly Rolim. Em 1984, tornou-se sócio efetivo do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico do Paraná. Foi eleito em 10 de março de 2004 para a Academia de Letras dos Campos Gerais, tomando posse em 29 de abril de 2004 como primeiro ocupante da Cadeira nº 32, no Clube Guaíra, sendo recepcionado por Luiz Fernando Cheres. Fidelis Bueno faleceu em 19 de agosto de 2017, deixando inúmeros trabalhos ainda inéditos.

x