Szymon Kossobudzki, filho de Ludowik Kossobudzki e de Cecylia Trzcinski, nasceu na cidade de Plock, na Polônia, em 28 de outubro de 1869. Estudou em Varsóvia, Czestochowa e Cracóvia. Como membro de sociedades secretas que lutavam pela independência de seu país, foi preso e condenado a trabalhos forçados na Sibéria, como Dostoievski. No entanto, sob os auspícios de seus condescendentes carcereiros obteve permissão para continuar seus estudos de Medicina na Universidade de Kasan, na Sibéria.

Anistiado, voltou a Varsóvia, em cujo hospital ingressou como clínico e tornou-se seu diretor. Aperfeiçoou-se em Stuttgardt, Praga, Cracóvia, Paris e Wroclaw. De volta ao hospital, reagiu à opressão que impunha o exclusivo emprego da língua russa, redigindo suas papeletas em polonês, o que lhe trouxe novos problemas. Em 1905 participou do levante contra os opressores, não obtendo, porém, êxito, viu-se obrigado a fugir, vindo, portanto, ao Paraná em 1907. Primeiramente quedou-se em São Mateus, mudando-se depois para Ponta Grossa, e enfim se estabeleceu definitivamente em Curitiba.

Como médico, ingressou na comunidade curitibana, foi diretor da Santa Casa e um dos fundadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná. Foi precursor teórico da cirurgia cardíaca, jornalista e Major da Guarda Nacional Brasileira. Fundou o Semanário Niwa em 1912 e o Jornal Swit, ambos em língua polonesa, e mais tarde a Revista Eco da Polônia, em Português. Quando sobrava-lhe tempo, dedicava-se à poesia. Foi condecorado com a Cruz Legionária da Polônia.

Embora por pouquíssimo tempo tenha quedado em Ponta Grossa, seu filho Adan Polan Kossobudzki, também médico, prestou serviços ao Hospital 26 de Outubro, residindo por muitos anos na Princesa dos Campos Gerais, chegando a ser eleito vereador para as legislaturas de 1947-1951 e 1951-1954.

Hoje patrono do ensino de cirurgia no Paraná, Szymon Kossobudzki faleceu em Curitiba em 8 de julho de 1934, em decorrência de um câncer gástrico.

Legendas das imagens

1. Szymon Kossobudzki, 1894, quando encontrava-se exilado na Rússia. No livro “Szymon Kossobudzki. Patrono do Ensino da Cirurgia no Paraná”, publicado em 1989, pela Fundação Santos Lima, organizado por seu Affonso da Costa.
2. Diploma de “medicuus cum eximia lauda”, Universidade de Kazan, 1855. No livro “Szymon Kossobudzki. Patrono do Ensino da Cirurgia no Paraná”, publicado em 1989.
3. Adam Kossobudzki (1565-1629). No livro “Szymon Kossobudzki. Patrono do Ensino da Cirurgia no Paraná”.
4. Recorte do esculápio presente na capa do livro “Szymon Kossobudzki. Patrono do Ensino da Cirurgia no Paraná”, cuja tradução é “A vida é curta, a arte é longa, a experiência é difícil”.
5. Grupo médico na Santa Casa de Curitiba. No centro da foto, o Dr. Szymon. No livro “Szymon Kossobudzki. Patrono do Ensino da Cirurgia no Paraná”.
6. Capa do livro “Szymon Kossobudzki. Patrono do Ensino da Cirurgia no Paraná”, publicado em 1989, pela Fundação Santos Lima.
7. Szymon Kossobudzki e seus dois filhos, Szymon Luty e Adam Polan. Foto disponível no link https://members.tripod.com/orthomanus_1/luty5.jpg.
8. Szymon Kossobudzki e sua segunda esposa Halina Czepikowska (Fundadora da Sociedade de Cultura Teatral de Curitiba). Foto disponível no link https://members.tripod.com/orthomanus_1/profkosshalina.jpg.
9. Folha de rosto do livro “Szymon Kossobudzki. Patrono do Ensino da Cirurgia no Paraná”.
10. Representação do brasão nobre polonês da Família Kossobudzki.